Zilda Arns nasceu em Santa Catarina, em 25 de agosto de 1934. Cursou Medicina na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. Especializou-se em saúde materno-infantil. Em 1983 criou a Pastoral da Criança, com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). A primeira ação da Pastoral foi realizada no município de Florestópolis, Paraná, onde o índice de mortalidade infantil chegava a 127 para cada mil crianças. Passado um ano, o índice de mortalidade caiu para 28. A Pastoral expandiu sua presença para bolsões de pobreza em todo o país. O soro caseiro e a “multimistura” viraram símbolos do combate à desidratação e à desnutrição. Para o Unicef, nenhuma outra inovação médica do século XX conseguiu evitar tantas mortes, em um período de tempo tão curto e com tão baixo custo, como o soro caseiro. A Pastoral da Criança tornou-se umas das maiores organizações não governamentais do mundo. Zilda Arns recebeu inúmeros prêmios, homenagens e condecorações, inclusive quatro indicações do governo brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz e a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz. Morreu vítima do terremoto ocorrido no Haiti em 2010. Foi indicada postumamente ao Prêmio Nobel da Paz, em 2011.