Sérgio Arouca

Saúde pública

Sérgio Arouca, nascido em Ribeirão Preto, em 20 de agosto de 1941, foi um importante médico sanitarista que esteve vinculado ao processo da Reforma Sanitária, iniciada em meados da década de 1970. Contribuiu também para a implementação do texto sobre Saúde na constituição de 1988, e para a criação do SUS, em 1990. Sua trajetória sempre combinou atuação profissional e política. Graduou-se pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, em 1966. Pouco tempo depois, tornou-se professor concursado da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fiocruz. Lecionou por alguns anos, até ser convidado para trabalhar com o governo sandinista da Nicarágua. Nesse período, teve início sua ligação com o sistema de saúde cubano, que assessorou tanto na formação de recursos humanos quanto no desenvolvimento de programas assistenciais. Voltou ao Brasil em 1982, quando foi eleito chefe do Departamento de Planejamento da ENSP. Em 1985 foi nomeado presidente da Fiocruz e, durante sua gestão, a instituição recuperou o prestígio no campo da pesquisa científica e do desenvolvimento tecnológico, tornando-se uma instituição de ponta na formulação e discussão da política de saúde. Integrou a Comissão Nacional da Reforma Sanitária – CNRS, responsável pela elaboração do texto-base do capítulo de Saúde da Constituição Federal de 1988. Foi militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), no qual lutou pelo acesso universal à Saúde e pelas reformas de base. Fez parte do grupo liquidacionista do PCB junto a Roberto Freire e fundou o Partido Popular Socialista (PPS), nos anos 1990. Foi Deputado Federal por dois mandatos, entre 1990 e 1998, Secretário municipal de Saúde do Rio de janeiro em 2001 e Secretário de gestão participativa do Ministério da Saúde, em 2003. Foi, ainda, Consultor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), atuou em vários países, como México, Colômbia, Honduras, Costa Rica, Peru e Cuba. Faleceu em agosto de 2003.