Rachel de Queiroz
Rachel de Queiroz, celebre escritora cearense, coleciona feitos notáveis dentro da literatura brasileira. Nascida no dia 17 de novembro de 1924 em Fortaleza-Ceará, Rachel viveu boa parte de sua vida no sertão cearense, onde, apesar de pertencer a uma família proeminente, conviveu muito perto com a miséria e as difíceis condições causadas pelos grandes períodos de seca que afetam a região.
Conquistando o diploma de professora com apenas 15 anos, Rachel iniciou sua carreira como escritora no jornal “O Ceará”. Anos depois, em 1930, sua primeira produção literária, o romance intitulado “O Quinze”, marcou sua entrada no cenário literário nacional. A obra, cujo o título faz referência a grande seca que afetou o Nordeste de 1915 a 1932, dando origem aos chamados campos de concentração da seca, narra a diáspora rural da população do interior do Ceará rumo a capital Fortaleza. A obra de repercussão nacional rendeu a escritora o prêmio “Graça Aranha de Literatura”, atraindo olhares de importantes nomes, como Augusto Schimidit e Mário de Andrade.
A partir daí a caminhada de Rachel acumula diversos desdobramentos, tanto nas áreas do jornalismo e da militância-política e da literatura. Entre eles podem ser citados sua participação na atuação entre 1939 e 1988 em jornais como “Diário de Notícias-RJ”, “Diário de Pernambuco” e “O Estado de São Paulo”; e é claro o lançamento de diversas obras literárias e teatrais como “A Beata Maria do Egito” (1958), “A Donzela e a Moura Torta” (1948), “As Três Marias” (1939), entre tantas outras importantes para a propagação do romancismo brasileiro.
Sua vida e obra rendeu a autora importantes momentos na vida pública, entre eles, a participação vitalícia do Conselho Federal de Cultura (1967-1989), o posto de sócia efetiva da “Academia Cearense de Letras”, e os destaques por se a primeira mulher a receber o prêmio Camões de literatura e ser a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras em 1977.