Pioneiro na área de biologia pesqueira, Plínio Soares Moreira nasceu em agosto de de 1932, em São Paulo – SP. Graduou-se em História Natural pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), em 1956. No mesmo ano tornou-se bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) junto do recém criado setor de Biologia da Pesca da Secção de Oceanografia Biológica do Instituto Oceanográfico da USP.Sua primeira manifestação científica foi uma resenha que fez do livro de Michael Graham “Sea Fisheries – their investigation in the United Kingdom”. Em junho de 1956, a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) enviou ao Brasil o pesquisador norueguês Finn Devold, para estudar os peixes comerciais. Em março de 1957, Plínio ajudou-o a marcar, juntamente com Viktor Sadowsky, 150 sardinhas, Sardinella brasiliensis, em Cananéia – SP, e em Ubatuba – SP. Em abril e maio do mesmo ano participou de marcações de 300 tainhas, Mugil platanus, no Rio Grande do Sul. Devold o convidou, então, para estagir consigo em Bergen, na Noruega, em 1958. Preparou a sua tese de doutoramento “Sobre as espécies da família Serolidae (Isopoda, Flabellifera) do litoral norte do Estado de São Paulo”, defendida na USP, em 1966. Disposto a progredir na carreira universitária, já em 1971 defendeu a tese de livre-docência “Fisioecologia de isópodos do gênero Serolis Leach, 1818 (Crustácea, Serolidae)”. Coordenou o setor de biologia de pesca do Instituto Oceanográfico da USP, bem como foi seu diretor entre os anos de 1981 a 1985. Faleceu em março de 1988.