Nísia Floresta
Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, nasceu em 12 de outubro de 1810 na cidade de Papari, interior do Rio Grande do Norte, filha de pai português e mãe brasileira. Nísia é conhecida por ser a primeira educadora feminista do Brasil, além de ter sido escritora e poetisa. Teve protagonismo nas Letras, no jornalismo e nos movimentos sociais, defendendo ideais abolicionistas, republicanos e, principalmente, feministas. Seus posicionamentos inovadores à época influenciaram a prática educacional brasileira, rompendo limites do lugar social destinado à mulher. Iniciou seus estudos no município de Goiana em um convento de irmãs carmelitas, quando sua família migrou em meio à Revolução Pernambucana. Nísia publicou seu primeiro livro “Direitos das mulheres e injustiça dos homens” no início dos anos 1830. Na mesma década, em 1838, criou uma escola para meninas no Rio de Janeiro, o “Colégio Augusto”, onde ensinava Gramática, Português, Francês e Italiano, além de Ciências Naturais e Sociais. A escola e o pensamento de Nísia foram duramente criticados na época. Em 1841, publicou seu segundo livro, dedicado à filha Lívia, intitulado “Conselhos à Minha Filha”. Na década de 1850, publicou uma série de artigos no Jornal “O Liberal”, no Rio de Janeiro, sob o título “A emancipação da mulher”. Entre 1856 e 1872, migrou para Europa com a família, viajando por várias cidades e publicando seus trabalhos. Em 1872 retornou ao Brasil, mas em 1875 regressou novamente à Europa. Nísia faleceu em Ruão, na França, em 1885.