Nilo Peçanha

Diminuição das desigualdades sociais e regionais Educação e ensino

Nilo Procópio Peçanha nasceu em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, em outubro de 1867. Formou-se em Direito pela Faculdade de Recife e, desde cedo, destacou-se como político promissor. Foi descrito como sendo mulato e frequentemente ridicularizado na imprensa, em charges e anedotas que se referiam à cor da sua pele. Durante sua juventude, a elite social de Campos dos Goytacazes chamava-o de “o mestiço de Morro do Coco”. Participou das campanhas abolicionista e republicana. Iniciou a carreira política ao ser eleito para a Assembleia Constituinte em 1890. Em 1903 foi eleito sucessivamente senador e presidente do estado do Rio de Janeiro, quando assinou o Convênio de Taubaté, para fixação do preço do café. Permaneceu no cargo até 1906, quando foi eleito vice-presidente de Afonso Pena. Após o falecimento de Afono Pena, assumiu a Presidência da República, entre junho de 1909 e novembro de 1910, tornando-se o primeiro e único presidente pardo da história do Brasil. Durante seu breve período na presidência da República, tomou a iniciativa de criar as Escolas de Aprendizes e Artífices, precursoras dos atuais Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefets); por esta razão o ex-presidente é considerado patrono da educação profissional e tecnológica no Brasil, título oficializado através da Lei 12.417/2011, em homenagem póstuma. Ao fim do seu mandato presidencial, retornou ao Senado em 1912 e, dois anos depois, novamente elegeu-se presidente do Estado do Rio de Janeiro. Renunciou a este cargo em 1917 para assumir o Ministério das Relações Exteriores. Em 1918, novamente elegeu-se senador federal. Em 14 de junho de 1920, Portugal o agraciou com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. Em 1921, candidatou-se à presidência da República pelo Movimento Reação Republicana, que tinha como objetivo contrapor o liberalismo político à política das oligarquias estaduais. Foi, contudo, derrotado nas urnas pela oposição. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1924. O nome do município fluminense Nilópolis, fundado em 1947, na região metropolitana do Rio de Janeiro o homenageia. No estado da Bahia, desde 1930 há o município de Nilo Peçanha em homenagem ao ex-presidente. Existem, ainda, 31 instituições de ensino básico no país que levam o seu nome.