José Bento Monteiro Lobato foi um jornalista e escritor brasileiro. Nasceu, em 18 de abril de 1882, num distrito rural de Taubaté. Pretendia ingressar na Escola de Belas Artes, mas, por insistência do seu avô, cursou direito na Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo. Após graduado, atuou como promotor público e tentou modernizar a fazenda que herdara do seu avô. Em 1914, publicou dois textos no Estado de S. Paulo, tratando dessa experiência como administrador. Neles, criou o personagem Jeca Tatu. Representando o caboclo brasileiro, o personagem era apresentado como “indolente” e “incapaz de aprender”. A partir do contato com as ideias do movimento sanitarista, Lobato passou a destacar que o Jeca não era doente, ele estava doente, e com ajuda da ciência poderia se recuperar e se transformar em um agente importante para a modernização do país. Em 1916, Lobato vendeu a fazenda e decidiu se dedicar em tempo integral como jornalista e escritor. Com o dinheiro da venda, comprou a Revista do Brasil, onde também passou a publicar livros. Lobato é considerado o precursor da literatura infantil brasileira, mas, a partir de 2010, ganhou repercussão na mídia e nos meios jurídicos brasileiros a questão em torno do racismo impregnado na sua obra, bem como sua notória conexão com movimentos eugenistas. Faleceu em 1948.