Mestra Griô Sirley Amaro

Diversidade cultural e identidade nacional Educação e ensino

Sirley da Silva Amaro, conhecida como mestra griô Sirley Amaro, nasceu em janeiro de 1936, em Pelota – RS, em território de comunidade tradicional. Disseminou e protegeu os conhecimentos ancestrais do povo negro no Rio Grande do Sul durante décadas. Sua caminhada oficial como Mestre Griô, porém, começou apenas em 2007, quando foi reconhecida pelo Programa Cultura Viva do extinto Ministério da Cultura. Como Mestra da Pedagogia Griô, que propõe a vivência e o diálogo entre os saberes da tradição oral e a educação formal, passou a ministrar oficinas de contação de histórias e de narração de vivências que a tornaram conhecida e premiada nacionalmente. Em 2013, foi agraciada com o Prêmio Culturas Populares, 100 anos de Mazzaropi. Em abril de 2017, a Biblioteca Comunitária do Quilombo do Sopapo, em Porto Alegre, foi rebatizada com o nome “Biblioteca Comunitária Mestra Griô Sirley Amaro” em reconhecimento ao seu trabalho formativo no espaço. Faleceu em outubro de 2020. Se seguiu, então, uma série de homenagens póstumas. Para reverenciar o legado e a trajetória de lutas da Mestra, a 20 de novembro de 2020 ocorreu a “Marcha Mestra Griô Sirley Amaro: Pela nossa história e ancestralidade”. Em 2021 foi homenageada ao dar nome ao Prêmio Trajetórias Culturais – Mestra Sirley Amaro, executado pela Secretária de Estado da Cultura (SEDAC) e pelo Instituto Trocando Ideia. Já em novembro de 2022, lhe foi concedido o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), sendo a primeira mulher negra a receber a honraria na história da instituição.