Marlene Freitas da Silva

Biomas, biodiversidade e mudanças climáticas

Marlene Freitas da Silva, nasceu em Manaus em 12 de agosto de 1937. De 1967 a 1970, fez o curso de graduação recebendo o grau de Bacharel em Farmácia e Bioquímica pela Universidade do Amazonas. Em 1973, integrou a primeira turma de alunos dos cursos de pós-graduação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e foi orientada pelo Dr. Guillean Tholmie Prance concluindo o seu mestrado em Ciências Biológicas em 1976. Em sua dissertação, revisou a taxonomia do gênero Peltogyne (Leg. Caesalpinioideae). Em seu doutoramento em Ciências Biológicas, concluído em 1980, explorou a taxonomia do gênero Dimorphandra (Leg. Caesalpinioideae) cujos principais resultados foram divulgados na Flora Neotropica de 1986, revista do Jardim Botânico de New York, numa das raras edições da revista no idioma português. Seus estudos com leguminosas também envolveram vários gêneros desta numerosa família tais como: Cedrelinga, Copaifera, Crudia, Cynometra, Diplotropis, Diptychandra, Enterolobium, Hymenaea, Jacqueshuberia, Martiodendron, Platymiscium, Senna e Vouacapoua. Em 1989 publicou uma chek-list de leguminosas da Amazônia agrupando 1241 espécies distribuídas em 148 gêneros. Dentre os numerosos cargos que ocupou com desempenho e dedicação exemplares Dra. Marlene foi Chefe do Departamento de Botânica do INPA, Coordenadora Geral do Projeto Flora Amazônica onde fez pesquisas pioneiras sobre a Flora da Reserva Ducke além de outras regiões da Amazônia e membro do Conselho Editorial da revista Acta Amazonica e do Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Seu trabalho foi fundamental para a construção, estruturação e reconhecimento do herbário do INPA, hoje o mais importante da região amazônica, onde atuou como curadora de 1975 a 1992. Entre as 17 premiações, menções honrosas e condecorações que recebeu ao longo da carreira, a última foi em 2005, a Comenda do Mérito Farmacêutico, do Conselho Federal de Farmácia. Faleceu em sua terra natal, em 18 de outubro de 2005.