Mário Ypiranga Monteiro nasceu em Manaus, em janeiro de 1909, e se destacou por sua contribuição para o registro e a divulgação da história do Amazonas. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Amazonas, ainda muito jovem encontrou sua paixão pela literatura e História, tendo produzido aproximadamente 150 obras, dentre as quais várias receberam traduções para o italiano, espanhol, alemão e o francês. Foi eleito para Acadêmia Amazonense de Letras no dia 20 de dezembro de 1947, para a cadeira número 10, cujo patrono é o Barão do Rio Branco. Em 1955 se tornou pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), recebendo bolsa de estudos para investigação de caráter acadêmico no Instituto Histórico Ultramarino em Portugal. Neste período, publicou as pesquisas de campo “Antropogeografia do Guaraná”, “O Sacado”, “Morfologia dinâmica fluvial” e “Folclore da Maconha”. Foi professor de Literatura Portuguesa na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Amazonas. Participou ativamente, ainda, de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil, Academia Amazonense de Letras, Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas e a National Geographic. Seu trabalho de pesquisa “Alimentos Preparados à Base de Mandioca” foi premiado pelo Instituto Brasileiro de Folclore. Recebeu também prêmios pelos livros “Roteiro do Folclore Amazônico” e “Teatro Amazonas”. Faleceu em julho de 2004. O notável exemplo de dedicação por sua terra e valorização da cultura amazonense, fez com que o governador do Estado do Amazonas, Eduardo Braga instituísse um prêmio com o nome de Mario Ypiranga Monteiro, para homenageá-lo. O prêmio é destinado a cientistas sociais.