Marielle Franco

Diminuição das desigualdades sociais e regionais Mitigação da violência e segurança pública

Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco, nasceu em julho de 1979, na favela do Complexo da Maré, subúrbio da cidade do Rio de Janeiro. Em 2002, ingressou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), graduando-se em Ciências Sociais com uma bolsa de estudos integral obtida pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). Em seguida, concluiu o mestrado em Administração pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), onde defendeu sua dissertação intitulada “UPP – A redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro”. Militante, integrou a equipe do deputado estadual Marcelo Freixo em 2006, assumindo a coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), onde prestou auxílio jurídico e psicológico a familiares de vítimas de homicídios ou policiais vitimados. Em 2016, na sua primeira disputa eleitoral, foi eleita vereadora na capital fluminense pela coligação Mudar é possível, formada pelo PSOL e pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Com mais de 46 mil votos, foi a quinta candidata mais votada no município e a segunda mulher mais votada ao cargo de vereadora em todo o país. Como vereadora, militou pelo fim da violência contra negros, mulheres e população LGBT, tornando-se um ícone da luta por Direitos Humanos. Foi executada em março de 2018 em crime ainda não solucionado. No mesmo mês, recebeu, postumamente, da ALERJ, a Medalha Tiradentes por seu trabalho em “ações de justiça social, promoção da cidadania, valorização da mulher e da comunidade negra, combate à pobreza e à violência nas favelas, promoção da saúde da mulher e da população LGBT e fim dos crimes por motivações raciais e sexuais”. Em julho de 2018, a ALERJ também aprovou a Lei 8054/2018 que consolidou 14 de março ao Calendário Oficial do Estado do Rio de Janeiro como o “Dia Marielle Franco – Dia de Luta contra o genocídio da Mulher Negra”. Em novembro de 2018, a Anistia Internacional incluiu o nome de Franco em sua campanha para aqueles que trabalharam pelos Direitos Humanos e perderam suas vidas,enquanto que em dezembro do mesmo ano um tributo online listou Franco entre mais de 400 principais defensores dos direitos das mulheres pela Associação para os Direitos da Mulher no Desenvolvimento. Em março de 2019, Marielle foi postumamente agraciada pelo Congresso Nacional do Brasil com o Diploma Bertha Lutz, concedido a mulheres que tenham oferecido relevante contribuição na defesa dos direitos da mulher e questões do gênero no Brasil. No mesmo mês, o auditório II do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) recebeu o nome de Marielle Franco.