Maria Yedda Leite Linhares
Maria Yedda Leite Linhares nasceu em Fortaleza, em novembro de 1921, mas foi em Porto Alegre (RS) que completou sua formação educacional e iniciou seus estudos em História. Formou-se em Geografia e História pela Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi), Universidade do Brasil, atualmente Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na FNFi, foi Professora Assistente de História Moderna e Contemporânea e, entre 1954 e 1957, fez as teses para Livre Docência e Cátedra. Sua principal área de investigação era a melhoria da educação no Brasil. Em consequência do golpe militar de 1964 respondeu, entre 1964 e 1966, a sete inquéritos políticos militares (IPMs), sendo presa três vezes e aposentada compulsoriamente da UFRJ. O general presidente Costa e Silva libertou-a depois de receber telegramas de protestos de Jean Paul Sartre e Fernand Braudel. Exilou-se na França, retornando apenas em 1974. Foi anistiada em 1979 e, posteriormente, convidada por Leonel Brizola para ser sua secretária de Educação em seus dois governos no estado do Rio de Janeiro, nos períodos entre 1983 a 1987 e 1991 a 1994. Junto com o antropólogo Darcy Ribeiro, construiu 750 escolas no estado do Rio de Janeiro. Por sua atuação, recebeu o Prêmio Estácio de Sá do governo do estado do Rio de Janeiro. Também foi condecorada com o “Palmes Académiques”, a mais alta distinção acadêmica do do governo da França. Sua atuação foi fundamental para a formação das últimas gerações de historiadores brasileiros. Faleceu em 29 de novembro de 2011, no Rio de Janeiro.