Referência na área de Geografia Humana, Maria Geralda Almeida nasceu em 1948, no povoado de Fernão Dias – MG. Graduou-se em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais, realizando em seguida o mestrado e o doutorado na mesma área, pela Université de Bordeaux III. Era pós-doutora pelas universidades de Barcelona, Université Laval, Universita Degli Studi Di Genova e Universite de Paris IV Paris-Sorbonne. Como acadêmica, lecionou na Universidade Federal do Ceará (UFCE), na Universidade Federal de Sergipe(UFSE), onde foi colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) desde a sua fundação, e na Universidade Federal de Goiás (UFG), onde atuou como docente no Instituto de Estudos Socioambientais (IESA) e foi pesquisadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas das Dinâmicas Territoriais-LABOTER até sua aposentadoria. Foi também presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (ANPEGE) de 2009 a 2011, e pesquisadora junto ao CNPq, com o Grupo de Pesquisa em Geografia Cultural: territórios e identidade. Em 2018, atuou como pesquisadora Sênior do Programa Nacional de Cooperação acadêmica na Amazônia, desenvolvendo o projeto: “Construção de estratégias de desenvolvimento regional e as dinâmicas territoriais do Amapá e Tocantins: 30 anos de desigualdades e complementaridades”. Destacou-se, sobretudo, pelo estudo das tradições dos povos do Cerrado, considerando indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais. Produziu uma insubstituível contribuição na área de Geografia Humana, com mais de uma centena de artigos publicados sobre o tema, envolvendo a preservação do patrimônio imaterial e a promoção do turismo sustentável com a proteção do meio ambiente. Faleceu em março de 2022, em Goiânia, capital de Goiás.