Maria Firmina dos Reis nasceu em 1825, em São Luís no Maranhão, sendo filha de Leonor Felippa dos Reis, mulher escravizada e alforriada, e é conhecida como a primeira romancista brasileira. A partir de 1847, começou a trabalhar como professora primária, tendo após sua aposentadoria fundado a primeira escola mista e gratuita do Maranhão e uma das primeiras do país. Após pressões recebidas pela grande repercussão na época, foi obrigada a encerrar as atividades do espaço.

Em 1860, publica o romance “Úrsula”, tornando-se a primeira escritora brasileira e uma das pioneiras da crítica antiescravista da literatura nacional. Em suas obras, Maria Firmina Reis abordava a escravidão de forma crítica a partir da humanização de personagens escravizados, além de abordar o continente africano com um olhar sobre suas civilizações e de liberdade em contraponto à barbárie representada pelos escravocratas europeus.

Também publicou poemas e romances indianistas, tratando as populações indígenas como heróis nacionais como objetivo de despertar a sensação de nacionalidade nos leitores.

Em outros campos culturais, a romancistas também atuou como folclorista, na defesa da preservação de textos que reproduziam a literatura oral e compositora, tendo composto o hino em louvor à abolição da escravatura. Como parte de um processo de resgate histórico da importância de Maria Firmina Reis, suas obras vêm sendo relançadas desde 2017, como seus romances, contos e volumes de poemas.