Maria Augusta Saraiva

Diminuição das desigualdades sociais e regionais Educação e ensino

Maria Augusta Saraiva nasceu em janeiro de 1879, em São José do Barreiro – SP. Em 1898, tornou-se a primeira mulher a ingressar na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Durante a graduação, foi uma aluna destacada, ganhando como premiação uma viagem para a Europa. Em 1902, concluiu seus estudos em Direito, sendo a única mulher em uma turma de quinze formandos. Após a faculdade, trabalhou em escritórios de advocacia, atuando em litígios perante o Tribunal do Júri – sendo, novamente, a primeira mulher a fazê-lo em São Paulo. Exerceu a advocacia na cidade de Jaboticabal, no interior paulista, durante alguns anos, até encontrar sua vocação na Educação. Fundou o Colégio Paulistano, uma escola de ensino secundário para garotas, procurando estimular a ampliação da participação de mulheres no nível superior. Em seguida, matriculou-se na Escola Normal da Praça – Instituição de Educação Caetano de Campos, diplomando-se em pedagogia no ano de 1918. Prestou, então, concurso público e ingressou no quadro de professores do ensino primário oficial do Estado de São Paulo, onde permaneceu até 1947. Antes de se aposentar, foi designada Consultora Jurídica do Estado de São Paulo. Faleceu em setembro de 1961. Como homenagem pela sua dedicação à educação paulista, a Lei Estadual n. 8.469, de 4 de dezembro de 1964 imortalizou-a ao nomear a “Escola Estadual de Ensino Fundamental Dra. Maria Augusta Saraiva” na Rua Major Diogo. Também foi homenageada no meio jurídico: a Comissão de Mulher Advogada da OAB/SP intitulou o seu Concurso de Monografia, desde 1998, como “Prêmio Maria Augusta Saraiva”. Além disso, em 2018, foi a primeira mulher a ser homenageada com um busto pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.