Luiz Alves Ferreira, conhecido por Luizão, nasceu no quilombo Saco das Almas, hoje, Vila das Almas, pertencente ao município de Brejo (MA), em 1944. Formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA, em 1971. Após a formatura, foi para a Residência Médica na Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto, onde realizou também seu mestrado em Patologia pela Faculdade de Medicina. Retornando a São Luís em 1974, tornou-se docente do departamento de Patologia da UFMA, e fundou o sindicato de professores da universidade. Militante da causa negra e quilombola, fundou também, na mesma época, o Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN). Além disso, foi membro fundador da Academia Maranhense de Ciência e também, secretário regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em três gestões. Participou de vários movimentos em prol do desenvolvimento científico do Maranhão, entre eles, a criação e recriação do Fundo de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico do Maranhão (FAPEMA), bem como a implantação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no estado do Maranhão. Faleceu em 2020, em sua terra natal. Em sua memória, o Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão instituiu o Prêmio Luiz Alves Ferreira, Luizão de Promoção à Diversidade e Combate à Discriminação, em reconhecimento à sua luta pelo direito à saúde, entre outros direitos fundamentais, para as comunidades tradicionais. O prêmio hoje tem por objetivo contemplar os melhores projetos com práticas antidiscriminatórias e de valorização à diversidade.