Júlio Afrânio Peixoto

Biomas, biodiversidade e mudanças climáticas

Crítico do determinismo geográfico na saúde, o médico Afrânio Peixoto, nasceu na Bahia, em dezembro de 1876. Formou-se em Medicina e iniciou sua carreira docente como Preparador de Medicina Legal na Faculdade de Medicina da Bahia. Em 1902 foi nomeado inspetor de Saúde Pública e, em 1904, diretor do Hospital Nacional de Alienados. Em 1906, foi nomeado professor de Medicina Legal e Higiene da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Foi vice-presidente do Conselho Consultivo da Liga Pró-Saneamento, período durante o qual publicou artigos sobre como as influências climáticas poderiam gerar novas conexões sociedade-natureza. Afrânio Peixoto defendia a necessidade de uma abordagem sanitarista que buscasse o fim da situação de insalubridade em várias regiões do país. Em suas palavras: “Não é, pois o clima a maldição irremovível que pesa sobre aquelas regiões … é a insalubridade, essa removível, saneável, que se deve tentar e realizar sistematicamente não por alguns fortuitos, mas por todos os meios idôneos em Higiene, para lhe conseguir, com o saneamento, a redenção”. Foi Deputado Federal pela Bahia entre 1924 e 1930, reitor da Universidade do Distrito Federal em 1935, e membro da Academia Nacional de Medicina, entre 1903 e 1947. Foi eleito para a Cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1910, sendo presidente da instituição entre 1922 e 1923. Faleceu em 1947, no Rio de Janeiro.