José Lutzemberg nasceu em Porto Alegre, em dezembro de 1926. Foi agrônomo, escritor, filósofo, paisagista e participou ativamente na luta pela preservação ambiental. Cursou Agronomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, formando-se em 1950. Realizou especialização em Agroquímica e Edafologia na Universidade do Estado da Luisiana, nos Estados Unidos. Atuou na Companhia Riograndense de Adubos, na Sulpampa/BASF, e foi transferido para a empresa Ciba-Geigy, atuando na Alemanha, Venezuela, Marrocos, Norte da América do Sul e Caraíbas, África do Norte, Espanha e Canárias. Fixou-se em Porto Alegre, atuou como consultor e empresário, participou em movimentos ambientalistas pelo mundo. Em 1971, fundou a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN), uma das primeiras associações ambientalistas do Brasil, que desenvolveria uma distinguida atividade tanto no estado como no país, sendo o modelo para a fundação de inúmeras outras associações similares. Publicou o famigerado livro “Fim do futuro – manifesto ecológico brasileiro”, em 1976, cuja primeira edição de 42 mil exemplares se esgotou em pouco tempo. Seu nome se consagrou no Brasil como a mais importante liderança no movimento ambientalista, ganhando também o reconhecimento internacional, incluindo um cumprimento do celebrado cientista Konrad Lorenz, ganhador do Prêmio Nobel. Pacifista incansável, registrou sua luta contra o projeto governamental de instalar usinas nucleares no país, sintetizada no seu livro “Pesadelo Nuclear”, de 1980. Contribuiu para uma ampla reforma na legislação estadual sobre agrotóxicos no Rio Grande do Sul, que serviu de modelo para outros estados, e para a elaboração da Lei Federal nº 7.802/89, considerada uma das mais avançadas do mundo na regulação de agrotóxicos. Faleceu em Porto Alegre, em maio de 2002.