Farmacêutico, jornalista, escritor e grande defensor da República e da abolição da escravidão, José Carlos do Patrocínio nasceu em 1854, em Campos, no Rio de Janeiro. Filho de um vigário e uma jovem negra escravizada, participou da vanguarda do movimento negro no Brasil. Formou-se em Farmácia, em 1874, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Trabalhou por um breve período no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro. Ingressou no jornal Gazeta de Notícias, em 1877, ficando responsável pela coluna “Semana Parlamentar”, em que assinava com o pseudônimo Prudhome. Foi diretor desse jornal durante seis anos. Em 1887, fundou o seu próprio jornal, intitulado, a Cidade do Rio e cuja direção também esteve em suas mãos. Neste mesmo ano, tornou-se vereador da cidade do Rio de Janeiro. Participou da campanha pelo fim da escravidão, sendo um dos fundadores da Sociedade Brasileira contra a Escravidão. Também se dedicou à literatura, escrevendo diversos livros, como o romance “Mota Coqueiro ou a Pena de Morte”. Sua obra literária lhe rendeu um lugar como um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Morreu em janeiro de 1905, no Rio de Janeiro.