João Barbosa Rodrigues

Biomas, biodiversidade e mudanças climáticas

João Barbosa Rodrigues nasceu em São Gonçalo do Sapucaí, em Minas Gerais, no dia 22 de junho de 1942. Foi naturalista, botânico, engenheiro e escritor. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1858, onde começou a trabalhar no comércio, mas desde cedo mostrou inclinação para as Ciências Naturais, colecionando plantas. Foi professor e se especializou em Botânica. Participou de uma missão científica na região amazônica, financiada pelo governo imperial, no período de 1872 a 1875. Dirigiu e organizou o Jardim Botânico de Manaus, inaugurado em 1883. Em 1890 tornou-se diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, cargo que exerceu até sua morte. Seus trabalhos destacam-se nos campos dos estudos das orquídeas e das palmeiras nativas do Brasil. Publicou as obras “Genera et species orchidearum novarum” e “Iconografia das Orquídeas”. Paralelamente à produção bibliográfica como botânico, Rodrigues aproveitou suas expedições para coletar e transcrever narrativas orais indígenas da Amazônia no fim do século XIX, que publicaria em livro com o nome de “Poranduba amazonense”, ou “Kochiyma-uara Porandub”, no ano de 1890. O livro contém ao todo 59 narrativas, entre lendas mitológicas e contos zoológicos, escritos em nheengatu, com uma tradução interlinear e uma tradução livre em português, constituindo um potente registro etnográfico. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de março de 1909. Em 1935, foi criada a Rodriguésia, revista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro em sua homenagem.