Jardim Botânico

Agricultura, segurança e soberania alimentar

O Real Horto, posteriormente denominado Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a exemplo de outros congêneres estabelecidos no país, foi criado em 1808, com o objetivo de desenvolver experiências de aclimatação com espécies vegetais de interesse agrícola e comercial. Este jardim foi ampliado em 1810, a partir do intenso intercâmbio de espécies estabelecido através da estruturação da rede luso-brasileira de jardins botânicos da qual fazia parte. Nos primeiros anos de sua existência, o Real Horto foi um jardim de aclimatação. Em 1824, após a independência do Brasil, Frei Leandro do Sacramento foi nomeado o primeiro botânico a ser diretor da instituição que passou a ser referência para os naturalistas estrangeiros e instituições europeias que solicitavam plantas para identificação e cultivo. Além da aclimatação de plantas, eram realizadas pesquisas, experimentações, catalogação, classificação e introdução de novas espécies, com especial atenção a cultura do chá. Em 1890, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro passou a ser dirigido por João Barbosa Rodrigues que esteve à frente da instituição por cerca de vinte anos, sendo um nome de grande prestígio em sua história. Sob sua direção, ocorreu incentivo à pesquisa científica com o aumento das coleções, a criação do cargo de naturalista-viajante e o incremento do intercâmbio com outras instituições científicas. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro recebeu a atual denominação de Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro em 1998, reforçando a finalidade institucional de promover, realizar e divulgar pesquisas técnico-científicas sobre os recursos florísticos do Brasil.