Isabel de Mattos Dilon nasceu em 1861, na Bahia, tendo se mudado para o Rio de Janeiro, onde concluiu o curso de Cirurgia Dentária e Próstese pela Faculdade de Medicina, em 1883. Exerceu a profissão no Rio Grande do Sul, onde também iniciou sua atividade nos movimentos sufragistas de emancipação feminina e pela conquista do voto pelas mulheres.

Em 1886, exigiu na Justiça o registro de eleitora, justificando-se pela garantia da Lei Saraiva da possibilidade de votar para todos os brasileiros com título científico, mas teve o pleito negado. Em seguida, obteve o título concedido após o deferimento de um recurso por um juiz federal substituto, tendo votado na eleição estadual posterior em 1877.

Em 1890, solicitou a transferência do título para o Rio de Janeiro, para onde havia mudado de residência, mas teve sua solicitação negada. Mesmo após ter o direito ao voto negado, Izabel se lançou como candidata a deputada federal pela Bahia, aonde tinha nascido. Entre suas pautas estavam os princípios de igualdade, liberdade religiosa e de pensamento, o direito das mulheres de votarem e serem votadas e a criação de leis protetoras à maternidade.

Após passar por problemas familiares e se sentir desmotivada com a política após a negação ao reconhecimento do direito ao voto, Isabel voltou às atividades políticas em 1917, tendo atuado como secretária do Partido Republicano Feminino.