Instituto Benjamin Constant (IBC)
A primeira demonstração de interesse oficial pela educação de pessoas com deficiência em nosso país foi em 1835, com a apresentação de um projeto, pelo deputado Cornélio França, que propunha a criação do cargo de professor de primeiras letras para o ensino de surdos-mudos no Rio de Janeiro e nas províncias. Somente duas décadas mais tarde, porém, o projeto de lei seria concretizado. Assim, a primeira iniciativa efetiva par a educação de pessoas com deficiência foi de José Alvares de Azevedo, jovem cego que foi estudar em Paris, no Instituto Imperial dos Jovens Cegos da França, que já utilizava a tecnologia de escrita em braile. Voltou ao Brasil, em 1854, com o interesse de fundar no país uma escola para pessoas cegas no molde parisiense. Apresentou-o ao Barão de Rio Bonito, pedindo-lhe que o levasse até Imperador D. Pedro II. A partir daí foi autorizada a criação do Instituto Benjamin Constant (IBC), ainda em 1854. O IBC dedica-se ao ensino de crianças e adolescentes cegos, surdo-cegos, com baixa visão e deficiência múltipla. O Instituto suspendeu suas atividades em 1937, para reforma, e reabriu em 1944, funcionando até hoje. Em setembro de 1945, criou seu curso ginasial, que veio a ser equiparado ao do Colégio Pedro II.
Com isso, abriram-se as portas das escolas secundárias e universidades aos alunos cegos que saíam do IBC aptos a prosseguir nos estudos. Ao longo dos anos, o IBC tornou-se também um centro de pesquisas médicas no campo da Oftalmologia, possuindo um dos programas de residência médica mais respeitados do País. Através desse programa, presta serviços de atendimento médico à população, realizando consultas, exames e cirurgias oftalmológicas. É, também, comprometido com a produção e difusão da pesquisa acadêmica no campo da Educação Especial. Através da “Imprensa Braille”, edita e imprime livros e revistas em Braille, além de contar com um farto acervo eletrônico de publicações científicas. É dotado de autonomia administrativa limitada, e ligado diretamente ao Gabinete do Ministro de Estado da Educação.