Francisco Matarazzo

Desenvolvimento industrial e inovação

Francesco Antonio Maria Matarazzo, conhecido no Brasil como conde Francisco Matarazzo, nasceu na Itália no dia 9 de março de 1854. Em sua terra natal, foi agricultor, administrando as terras da família. Em 1881, migrou para o Brasil, onde se tornou mascate. Bem-sucedido nos negócios, em 1890, abriu com seus irmãos a empresa Matarazzo & Irmãos, que já no ano seguinte transformou-se em uma sociedade anônima, a Companhia Matarazzo S.A., admitindo acionistas. Com o apoio de créditos bancários, expandiu suas empresas, chegando a reunir 365 fábricas em todo o Brasil. Fundou, em 1900, o Moinho Matarazzo em São Paulo. Empreendeu também no setor têxtil, com a criação da Fábrica de Tecidos Mariângela em 1904, a Fábrica de Tecidos Belenzinho em 1911 e a Fábrica de Rayon Viscoseda em 1926, seguida pela Fábrica de Rayon Matarazzo. Seu conglomerado industrial foi unificado, instituindo a Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, o maior complexo industrial da América Latina no início do século XX. Francisco também participou ativamente da Fundação do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em 1928, precursor da Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Progressista na economia, era, contudo, fascista na política, contribuindo financeiramente com o regime de Benito Mussolini na Itália. Faleceu em 10 de fevereiro de 1937, na cidade de São Paulo, como o homem mais rico do Brasil e o italiano mais rico do mundo. Sua fortuna ultrapassava o Produto Interno Bruto de qualquer estado brasileiro, à exceção de São Paulo.