Escolas Normais
As Escolas Normais foram instituições importantes para a formação de professores a partir do século XIX. Até então, os educadores não tinham formação específica e isso era prejudicial tanto para a sua atuação docente como para o processo de ensino e aprendizagem. A primeira Escola Normal do Brasil foi criada em Niterói com a Lei nº 10, de 4 de abril de 1835. Durante as décadas de 1830 e 1840 diversas Escolas com esse intuito foram construídas: na Bahia, a primeira, em 1836; em 1845, no Ceará; e um ano depois, em São Paulo. Outro crescimento na quantidade de Escolas Normais pode ser observado nas décadas de 1870 e 1880. Cinco foram construídas em Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, e Amazonas, entre 1874 e 1880. Já no século XX, o número de escolas cresceu ainda mais, incluindo as demais unidades federativas, e o diploma da Escola Normal tornou-se a porta de entrada para ingresso de inúmeras mulheres na Universidade, principalmente a partir da Reforma Capanema, em 1942, que implementou cursos de formação de professoras secundárias. Nessas escolas desenvolveu-se uma cultura pedagógica responsável pela construção da identidade do professor primário brasileiro.