Emanoel Araujo

Diversidade cultural e identidade nacional

O artista Emanoel Araujo nasceu em 1940, em Santo Amaro da Purificação – BA, em uma tradicional família de ourives. Aprendeu marcenaria, linotipia e estudou composição gráfica na Imprensa Oficial de Santo Amaro da Purificação. Em 1959 realizou sua primeira exposição individual ainda em sua terra natal. Mudou-se para Salvador na década de 1960 e ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia (UFBA), onde estudou gravura. Sua primeira premiação nacional veio logo depois, em 1966, por sua participação na II Exposição Jovem Gravura Nacional no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo. No circuito internacional, seu primeiro prêmio veio em 1972, com a medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de Florença, Itália. No ano seguinte, recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor gravador, e, em 1983, o de melhor escultor. Entre 1981 e 1983, foi diretor do Museu de Arte da Bahia. Em 1988, lecionou artes gráficas e escultura no Arts College, na The City University of New York. Entre 1992 e 2002 foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Nos anos de 1995 e 1996 foi membro convidado da Comissão dos Museus e do Conselho Federal de Política Cultural, instituídos pelo Ministério da Cultura. Em 2004, fundou o Museu Afro Brasil, em São Paulo, do qual foi diretor e curador até o final de sua vida. Durante sua gestão, a exposição “Africa Africans” foi premiada como melhor exposição de 2015 pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). Também pela ABCA, recebeu o Prêmio “Cicillo Matarazzo” em 1998 e 2007. Como curador independente, sua exposição “Francisco Brennand Senhor da Várzea, da Argila e do Fogo” recebeu o prêmio Paulo Mendes de Almeida, como a melhor exposição realizada no país no ano de 2017, além do Prêmio Clarival do Prado Valladares, em 2020, ano em que também recebeu a Medalha Zumbi dos Palmares pela Câmara Municipal de Salvador. Em 2021, foi agraciado com a Medalha Tarsila do Amaral pelo Governo do Estado de São Paulo. Ao longo de sua carreira, expôs em várias galerias e mostras nacionais e internacionais, somando cerca de 50 exposições individuais e mais de 150 coletivas. Faleceu em 2022, em São Paulo.