Eduardo de Oliveira
Eduardo de Oliveira, professor, poeta e político, nasceu em 1926, na cidade de São Paulo. Estreou como poeta em 1944, com o livro “Além do pó”, primeiro de diversos títulos. Em 1963, estreou na política, com o mandato de vereador na Câmara Municipal de São Paulo pelo Partido Democrata Cristão (PDC), tornando-se o primeiro vereador negro da cidade. Em 1978, participou do histórico primeiro número da série Cadernos negros, no qual inseriu o poema “Túnica de Ébano” que, mais tarde, serviria de título ao volume publicado em 1980. Ativista e defensor dos direitos humanos, participou dos primórdios da fundação do Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO), em 1981. Também fundou e presidiu o Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), criado em 1995. O CNAB é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, atuando como alicerce fundamental na constituição de uma comunidade negra mais consciente e participativa. Tem representações em várias partes do país, atuando também na defesa dos direitos humanos do cidadão e na formação profissional de afro-descendentes. Ao longo dos anos tem oferecido cursos dirigidos à comunidade negra brasileira, tendo já formado mais de 4.500 alunos. Em 1998, trouxe a público a enciclopédia “Quem é quem na negritude brasileira”. O livro aborda mais de 500 biografias de ícones do movimento negro brasileiro que se destacaram nos mais diversos cenários do país, constituindo obra da mais alta relevância em termos de mapeamento da produção intelectual dos afro-brasileiros, bem como de todos os que se destacam nos mais diferentes espaços de afirmação social. Colaborou com as revistas Afrodiáspora e Thoth e foi autor de nove livros. Escreveu o Hino à Negritude, composição que em 2009 foi oficializada em todo o território nacional, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. Faleceu em julho de 2012.