Djalma Guimarães
Pioneiro da Geociência no Brasil, Djalma Guimarães nasceu em Santa Luzia, Minas Gerais, em 5 de novembro de 1894. Formou-se em 1919 como Engenheiro de Minas e Civil na escola de Minas de Ouro Preto, logo após iniciando suas atividades como engenheiro da Estrada de Ferro Teresópolis. Em 1920, Djalma ingressou no Serviço Geológico, dedicando-se inicialmente à Química. Mas, a partir de 1923, passou a exercer interinamente o cargo de petrógrafo. Em 1924 descreveu seu primeiro mineral descoberto: arrojadita (fosfato de ferro, manganês e cálcio, encontrado na Serra Branca, em Pucuí, na Paraíba). Em 1929, iniciou o estudo da gênese das rochas graníticas, publicando seus achados em 1938, na Alemanha, sob o título “Das problem der Granitbildung”. Essa publicação reabriu uma antiga polêmica sobre o tema, o que o fez conhecido como um dos pais da Teoria da Granitização. Djalma também foi pioneiro na Geoquímica brasileira, organizando o Serviço Geológico do Estado de Minas Gerais (denominado posteriormente Serviço da Produção Mineral), além de ter sido chefe do Instituto Geológico e Mineralógico do Brasil. Em 1944, juntamente com outros pesquisadores, foi designado, pelo então governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek, para criação do Instituto de Pesquisas Radioativas (IPR), hoje Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN). Em 1950, Djalma fez a descoberta da mina de urânio em Volta Grande, nas proximidades de São João Del Rei (MG), uma das maiores minas do mundo. Faleceu em outubro de 1973. Como reconhecimento pela importância de sua contribuição, foi homenageado por Caio Pandiá Guimarães e Octávio Barbosa, que nomearam como “djalmaíta” um tantalato de urânio e cálcio. Em 2006, 33 anos após o seu falecimento, foi homenageado novamente, agora com a “guimarãesita”, uma nova espécie mineral.