Diana Mussa
A geóloga e paleontóloga Diana Mussa foi a primeira paleobotânica brasileira de prestígio internacional. Nasceu em 19 de janeiro de 1932 na cidade de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, filha de pais professores, imigrantes libaneses. Aos 20 anos, mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro para cursar História Natural na Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi), onde também cursou Geologia. Ainda como estagiária realizou pesquisas na área da botânica e geologia, em instituições como o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT/SP) e no Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM). Na década de 1970 ingressou como pesquisadora na Comissão Nacional de Energia Nuclear e, em 1973, começou a pós-graduação no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IG-USP). Já como profissional, a partir da década de 1980 trabalhou no Museu Nacional (Departamento de Geologia e Paleontologia) e, em paralelo, no Instituto de Geociências (UFRJ).
Suas pesquisas concentraram-se a paleobotânica, tendo descrito mais de 30 gêneros de plantas fósseis. Foi sócia-fundadora da Sociedade Brasileira de Paleontologia, tendo sido também membro da Asociación Latinoamericana de Paleobotánica y Palinología, da Botanical Society of America (Paleobotany Section), da International Organization of Paleobotany (IOP) e da Sociedade Brasileira de Geologia. Inspirou o nome do gênero Mussaeoxylon seclusum Merlotti 1998, para madeira fóssil gimnospérmica do Gondwana brasileiro e da espécie Glossopteris mussae Ricardi-Branco et al. 1999, para novas folhas fósseis do Permiano de São Paulo. Faleceu em maio de 2007, no Rio de Janeiro.