A Comissão Científica de Exploração, que ficou conhecida como Comissão das Borboletas foi uma expedição organizada conjuntamente pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e pelo Museu Nacional (MN). A expedição, que ocorreu entre 1859 e 1861, tinha por objetivo explorar a região do Ceará em busca de recursos para o Império. A Comissão foi dividida nas seguintes seções: Botânica, liderada por Francisco Freire Alemão; Geológica e Mineralógica, sob responsabilidade de Guilherme Schüch Capanema; Zoológica, que ficou nas mãos de Manoel Ferreira Lagos; Astronômica e Geográfica, liderada por Raja Gabaglia; e Etnográfica, comandada pelo poeta Antônio Gonçalves Dias. A Comissão de Exploração foi realizada em um contexto de construção de uma nacionalidade na Corte e os naturalistas que dela participaram acreditavam que no conhecimento do território brasileiro estavam as bases para a consolidação da ciência nacional e o avanço de uma indústria que levaria ao progresso do Brasil. Assim, a partir deste empreendimento, que foi científico e político, é possível perceber a relação entre Ciência, conformação da consciência nacional e formação do Estado Nacional.