Chico Mendes

Biomas, biodiversidade e mudanças climáticas

Francisco Mendes Filho nasceu em 1944, numa família de seringueiros que vivia em Xapuri, fronteira com a Bolívia. Ainda jovem, organizou movimentos pela comercialização autônoma da borracha. Participou da fundação da diretoria do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Brasiléia e foi presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Xapuri. Em 1985, participou do I Encontro Nacional dos Seringueiros, ocasião em que foi fundado o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) e onde, pela primeira vez, foi mencionada a ideia de formação de reservas extrativistas. Três anos depois, se tornou líder desse conselho, promovendo uma aproximação entre o movimento dos seringueiros, organizações não-governamentais (ONGs) brasileiras e internacionais, e a União das Nações Indígenas, formando a “Aliança dos Povos da Floresta”. Como líder do CNS, ganhou visibilidade nacional e internacional. Participou de inúmeras manifestações nacionais contra a devastação da Amazônia e de diversas reuniões com senadores e deputados norte-americanos, em Washington, onde defendeu a preservação do meio ambiente e dos direitos da população da região. Entre 1987 e 1988, Chico Mendes foi premiado por seu ativismo, recebendo o Global 500 da Organização das Nações Unidas (ONU), na Inglaterra, e a Medalha de Meio Ambiente da Better World Society, nos Estados Unidos. Em dezembro de 1988, foi assassinado em Xapuri. Sua execução foi noticiada internacionalmente e provocou indignação no Brasil e exterior. Após a sua morte, prêmios, parques, institutos e memoriais foram criados para divulgar seu legado e homenagear o líder seringueiro, cujo legado tem influenciando uma geração de conservacionistas e legisladores em todo o mundo.