Carlos Gomes

Diversidade cultural e identidade nacional

Antônio Carlos Gomes é o mais importante compositor de ópera do Brasil. Nasceu em Campinas, em 11 de julho de 1836. Desde jovem tivera instrução musical com o pai, Manuel José Gomes, por intermédio do qual foi iniciado na música erudita europeia. Aos 15 anos de idade compôs suas primeiras valsas, quadrilhas e polcas. Aos 18 anos, em 1854, compôs a “Missa de São Sebastião”, sua primeira missa. Em 1857, compôs a modinha Suspiro d’Alma, com versos do poeta romântico português Almeida Garrett. Em 1859, desembarcou no Rio de Janeiro e foi ingressou no Conservatório de Música. Em 04 de setembro de 1861 estreou sua primeira ópera, “A Noite do Castelo”, e em 15 de setembro de 1863, estreou “Joana de Flandres”.

Em 1864 chegou à Itália, onde, em 1870 estreou “Il Gurarany”, obtendo projeção internacional. Foi o primeiro compositor brasileiro a ter suas obras apresentadas no renomado Teatro alla Scala, em Milão, na Itália. Entre as suas principais composições, também estão as óperas Fosca (1873), Salvator Rosa (1873) e Maria Tudor (1879). Foi atuante no movimento abolicionista, recebendo a alcunha de Maestro da Abolição. Na ópera, expressou seu posicionamento com a obra Lo Schiavo, que estreou em 1889. Suas últimas obras de maior projeção foram Condor (1891) e Colombo (1892). Em 21 de março de 1896, o compositor desembarcou no Pará para assumir o cargo de diretor do Conservatório do Pará. Faleceu no Pará, no dia 16 de setembro do mesmo ano. Teve o nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, em 26 de dezembro de 2017. É o patrono da cadeira de número 15 da Academia Brasileira de Música.