Candido Portinari

Biomas, biodiversidade e mudanças climáticas

Candido Portinari nasceu em Brodowski – SP, em 30 de dezembro de 1903. Com a vocação artística revelada ainda na infância, Portinari teve pouco estudo formal, não completando sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e escultores italianos que atuavam na restauração de igrejas, passa pela região de Brodowski e recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento do pintor brasileiro. Aos 16 anos mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes e aos 20 anos já era reconhecido pela crítica nacional e passou a compor a elite intelectual da década de 1930. Um dos principais prêmios almejados por Portinari era a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e 1927, o pintor, adepto do Modernismo, conseguiu destaque, mas não venceu. Anos depois, Portinari chegou a afirmar que suas telas com elementos modernistas escandalizaram os juízes do concurso.

Em 1928 Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais e finalmente ganha a medalha de ouro e o Prêmio Viagem para o Exterior. A premiação permitiu que se mudasse para Paris, onde morou por dois anos, abrindo as portas para o seu reconhecimento internacional. Retornou ao Brasil em 1931. Pintou mais de cinco mil obras, desde pequenos esboços e pinturas de proporções padrão – como “O Lavrador de Café” –, até gigantescos murais, como os painéis “Guerra e Paz”, presenteados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956. Recebeu diversos prêmios e participou de diversas exposições. Entre suas obras, se destacam a série “Emigrantes” e a série “Retirantes”. Além da pintura, também se dedicou à gravura, à ilustração e à docência, atuando como professor de artes plásticas. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1962.