Burle Marx

Diversidade cultural e identidade nacional Infraestrutura e serviços urbanos

Burle Marx nasceu em 4 de agosto de 1909, em São Paulo. Aos 19 anos, mudou-se com a família para a Alemanha, para tratar de um problema de visão. Permaneceram ali entre 1928 e 1929, o que permitiu a Burle Marx tomar contato com as vanguardas artísticas da época – Pablo Picasso, Henri Matisse, Paul Klee, entre outros. Nesse período, estudou pintura no ateliê de Degner Klemn e conheceu o Jardim Botânico local, cuja estufa abrigava vegetação brasileira e tornou-se objeto do seu fascínio. De volta ao Brasil, ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Realizou seu primeiro projeto paisagístico em 1932, por indicação de Lúcio Costa, que também o convidou para projetar os jardins elevados do Ministério da Educação e Cultura. Dividiu-se entre a pintura e a arte de fazer jardins. Burle Marx integrou sua obra ao modernismo e seus jardins passaram a ser divulgados em revistas nacionais e internacionais de arquitetura.

Realizou inúmeras viagens pelo Brasil na companhia de botânicos, para coletar e catalogar a flora brasileira, sempre presente na sua obra. Burle Marx foi autor de mais de 2 mil projetos paisagísticos. Em sua carreira, associou-se a importantes arquitetos brasileiros, como Oscar Niemeyer, seu antigo colega de faculdade. Entre os projetos mais notáveis, estão os jardins do Museu de Arte de Pampulha, em Belo Horizonte, o Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, e os jardins do Palácio Itamaraty, em Brasília. É considerado pioneiro do paisagismo modernista no Brasil. Faleceu em 1994, no Rio de Janeiro. O sítio onde vivia, localizado na cidade de Mangaratiba – RJ, hoje é conhecido como Sítio Roberto Burle Marx, e está sob direção do IPHAN. O local, que era usado como espaço de aclimatação de plantas, possui mais de 3500 espécies de plantas e é aberto à visitação.