Beatriz Nascimento
Maria Beatriz do Nascimento nasceu em Aracaju, capital sergipana, em 17 de julho de 1942. Aos sete anos, migrou com a família para o Rio de Janeiro. Em 1971, formou-se em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e logo depois tornou-se professora da rede pública estadual. Em 1978, inicia pós-graduação latu sensu em História, pela Universidade Federal Fluminense (UFF), concluindo em 1981, estudando sistemas alternativos organizados exclusivamente por negros, pesquisando de quilombos às favelas modernas. Seus interesses estiveram pautados entre a militância e a academia, sendo presença constante nos movimentos sociais negros. Atuou também como pesquisadora sobre a formação de quilombos no Brasil. Era uma ativista política antirracista e teve extrema importância no reconhecimento e titulação das terras quilombolas no Brasil a partir de 1995. Beatriz também é reconhecida pelo documentário Ôrí, lançado em 1989, de sua autoria e narração, dirigido por Raquel Gerber. O documentário é baseados nos textos escritos por Beatriz sobre a emergência dos movimentos negros entre fins da década de 1970 e 1980. Também discutiu em seus trabalhos os impactos do racismo na educação. Em 28 de janeiro de 1995, mesmo ano que iniciou o mestrado em Comunicação Social pela UFRJ, foi assassinada pelo companheiro de uma amiga ao buscar defendê-la de uma situação de violência doméstica.