O crítico, ensaísta, tradutor, filólogo e lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda nasceu em Passo de Camaragibe, Alagoas, em 2 de maio de 1910. Aos 14 anos de idade, mudou-se para Maceió onde começou a dar aulas de Português. Aos 15, ingressou efetivamente no magistério, quando foi convidado pelo ginásio local a lecionar em seu curso primário. Formou-se bacharel pela Faculdade de Direito de Recife em 1936, mesmo ando em que se tornou professor de Língua Portuguesa, Francesa e Literatura no Colégio Estadual de Alagoas. Em 1938 passou a residir no Rio de Janeiro, onde continuou sua atividade docente. Escreveu contos, colaborou em periódicos e fez traduções, supervisões e prefácios para trabalhos sobre a língua portuguesa. Em 1941, deu início a seu trabalho de lexicógrafo, colaborando com o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa. Em 1942 lançou o livro de contos Dois Mundos, que foi premiado dois anos depois pela Academia Brasileira de Letras. No ano seguinte, trabalhou no Dicionário Enciclopédico do Instituto Nacional do Livro. Em 1945 publicou o ensaio Linguagem e Estilo de Eça de Queirós. Nesse ano, participou do I Congresso Brasileiro de Escritores, em São Paulo, e lançou, juntamente com Paulo Rónai, o primeiro dos cinco volumes da coleção Mar de Histórias, uma antologia de contos da literatura universal.
Em 1975, publicou o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, qu ficaria conhecido como “Dicionário Aurélio”. Era membro da Academia Brasileira de Filologia, do Pen Clube do Brasil, do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, da Academia Alagoana de Letras, da Hispanic Society of America e da Academia Brasileira de Letras. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 28 de fevereiro de 1989. Em 30 de novembro de 2015, Aurélio foi homenageado nas comemorações do bicentenário de Maceió, com uma estátua feita em bronze situada na orla de Ponta Verde. Em 14 de maio de 2022, foi homenageado no mês de seu aniversário pela Prefeitura de Passo de Camaragibe com um monumento no trevo da entrada de sua cidade natal.