Athos Bulcão

Diversidade cultural e identidade nacional Infraestrutura e serviços urbanos

Athos Bulcão nasceu no Rio de Janeiro, em 2 de julho de 1918. Desistiu do curso de Medicina em 1939 pra dedicar-se às Artes Visuais. Foi amigo de alguns dos mais importantes artistas brasileiros modernos, os maiores responsáveis por sua formação. Carlos Scliar, Jorge Amado, Pancetti, Enrico Bianco – que o apresentou a Burle Marx -, Milton Dacosta, Vinicius de Moraes, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Ceschiatti, Manuel Bandeira entre outros. Aos 22 anos começou a ganhar notoriedade por seu trabalho artístico. Em 1941, participou do Salão Nacional de Belas Artes, no Rio, ganhando a medalha de prata em desenho e pintura. Em 1943, conheceu Oscar Niemeyer, que lhe encomendou azulejos para o Theatro Municipal de Belo Horizonte. Sua primeira exposição individual veio em 1944, na inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em sua cidade natal. Em 1945, Cândido Portinari convidou-o para pintar o mural de São Francisco de Assis na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Em seguida, mudou-se para Paris, onde viveu até 1949.

Em 1957, a convite de Niemeyer, Athos foi requisitado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, responsável pela implementação do projeto urbanístico de Brasília. Seus painéis, caracterizados pela modulação e grafismo criados com base em formas geométricas, podem ser apreciados em quase duas centenas de edificações de Brasília, como no Memorial JK, no Parque da Cidade, no Aeroporto Internacional de Brasília e no Congresso Nacional. A convite de Darcy Ribeiro, tornou-se professor no Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília, que lhe concedeu o título de doutor honoris causa. Pelo conjunto da obra, recebeu vários prêmios e condecorações, como a Ordem de Rio Branco, em 1989 e a Ordem do Mérito Cultural, recebida em 1995 do Ministério da Cultura. Faleceu em 21 de julho de 2008, na cidade de Brasília – DF.