Ariano Suassuna
Ariano Suassuna nasceu em João Pessoa, em 16 de junho de 1927. Em 1947, publicou sua primeira peça, “Uma mulher vestida de sol”. Em 1950, recebeu seu primeiro prêmio, o Prêmio Martins Pena, pela peça “Auto de João da Cruz”. Nesse mesmo ano, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife. Já em 1956, porém, abandonaria definitivamente a advocacia para se dedicar à literatura e à docência, tornando-se professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco. Em 1957, vieram “O Santo e a Porca” e “O Casamento Suspeitoso”. Depois vieram “O Homem da Vaca” e “O Poder da Fortuna”, em 1958, e “A Pena e a Lei”, em 1959, premiada dez anos depois no Festival Latino-Americano de Teatro. Ainda em 1959, funda o Teatro Popular do Nordeste, com Hermilo Borba Filho, onde monta as peças “Farsa da Boa Preguiça”, em 1960 e “A Caseira e a Catarina” em 1962. Em 1970, inicia, em Recife, o Movimento Armorial, que teve como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste brasileiro.
O movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras. Em 1989 foi eleito para a Cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras. Em 1993 foi eleito para a cadeira número 18 da Academia Pernambucana de Letras. Em 2000 foi eleito para a cadeira número 35 da Academia Paraibana de Letras. Foi Secretário de Cultura de Pernambuco no período de 1994 a 1998 e Secretário de Assessoria do governador Eduardo Campos até abril de 2014. Faleceu em Recife, no dia 23 de julho de 2014. Em dezembro de 2017, foi publicada sua obra inédita e póstuma “A Ilumiara – Romance de Dom Pantero no Palco dos Pecadores”. A organização do trabalho foi feita por sua família, reunindo os escritos que Suassuna levou seus últimos trinta anos de vida para escrever.