Antônio Candido

Diversidade cultural e identidade nacional

Antônio Candido foi sociólogo, crítico literário, escritor e professor universitário. Nasceu no Rio de Janeiro, em 24 de julho de 1918. Formou-se em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como crítico na revista Clima, em 1941, juntamente com Paulo Emílio Salles Gomes, Alfredo Mesquita, Décio de Almeida Prado, e Gilda Rocha de Mello e Souza (filha de um primo de Mário de Andrade), com quem mais tarde veio a se casar. Em 1942, ingressou no corpo docente da USP, como assistente de ensino do professor Fernando de Azevedo, na cadeira de Sociologia II, onde foi colega de Florestan Fernandes. Obteve o título de livre-docente em 1945, e o doutorado em 1954. Entre os anos de 1958 e 1960 foi professor de literatura brasileira na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, hoje integrada à Universidade Estadual Paulista (UNESP). Em 1961 regressou à USP, e em 1974 se tornou professor titular de Teoria Literária e Literatura Comparada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Aposentou-se em 1978, todavia manteve-se ainda como professor do curso de pós-graduação até 1992.

Em paralelo à sua carreira como professor e literário, também atuou no campo político. Socialista convicto, Antônio Cândido compreendia o socialismo como o caminho para a igualdade e o fim da exploração socioeconômica. Contribuiu pra a fundação do Partido dos Trabalhadores. Foi responsável pela formação de muitas gerações de intelectuais. No Brasil. Entre as suas principais obras, destacam-se: Os parceiros do Rio Bonito (1954), Literatura e Sociedade (1995), Formação da literatura brasileira: momentos decisivos (1964), Na sala de aula: caderno de análise literária (1985) e O Romantismo no Brasil (2002). Recebeu o Prêmio Jabuti nos anos de 1960, 1965, 1966 e 1993. No ano de 1998, foi agraciado com o Prémio Camões, principal prêmio literário de língua portuguesa. Em 2003, o Prêmio Machado de Assis. Em 2005, foi o primeiro brasileiro a receber o Prêmio Internacional Alfonso Reyes, um dos mais importantes da América Latina. Em 2007, o Prêmio Juca Pato. Faleceu em São Paulo, no dia 12 de maio de 2017.