A historiadora Anita Waingort Novinsky nasceu em Stachow, Polônia, em novembro de 1922. Migrou para o Brasil com a família em 1923, sendo naturalizada brasileira. Graduou-se em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1956. Na mesma instituição, se especializou em Psicologia, em 1958. Foi, então, para Paris, onde cursou uma nova especialização, então em Racismo no Mundo Ibérico pela École des hautes études en sciences sociales, em 1977. De volta ao Brasil, obteve o doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo, em 1970, com tese sobre Cristãos Novos na Bahia. Cursou o pós-doutorado pela Universidade de Paris I, em 1983. Foi Livre Docente da USP ao longo de toda a sua carreira. Foi também diretora do Museu da Intolerância e fundadora e presidente do Laboratório de Estudos sobre a Intolerância da USP. A produção científica da historiadora Anita Novinsky tem como tema central, desde sua formação acadêmica e por meio de artigos científicos, capítulos e livros publicados, a questão da intolerância, da violência totalitária, da inquisição e perseguição aos judeus e cristãos-novos no Brasil. A Universidade Federal Rural de Pernambuco tem uma cátedra que leva seu nome desde 2015, pertencente ao Departamento de Ciências Sociais. Em 2013, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico outorgou a Novinsky a distinção de Pioneira da Ciência no Brasil em honra de sua trajetória como investigadora. Faleceu em julho de 2021.