Anita Malfatti
Anita Malfatti, pioneira da Arte Moderna no Brasil, nasceu em São Paulo, em 02 de dezembro de 1889. Era portadora de uma deficiência congênita no braço direito, restrição motora que a acompanhou por toda a vida. Em 1910, aos 20 anos de idade, mudou-se para Berlim, então grande centro musical da Europa. Estudou com os mestres Fritz Burger e Lovis Corinth. Depois de um ano na Academia de Belas Artes de Berlim, percebeu que a arte acadêmica não a interessava e abandonou os estudos. Retornou ao Brasil em 1913 e, no ano seguinte, realizou sua primeira exposição individual. Embarcou, então, para os Estados Unidos e matriculou-se na Art Student’s League e na Independent School of Art. Retornou novamente ao Brasil, em 1917, e realizou uma nova exposição individual, que recebeu severas críticas da elite cultural de São Paulo. Muitas de suas obras foram devolvidas ou destruídas. O fato provocou a reação daqueles que viriam a se chamar modernistas, incluindo Oswald de Andrade e Di Cavalcanti, aos quais se juntaria em 1922 na organização da Semana de Arte Moderna em 1922, da qual participou com 22 trabalhos. No mesmo ano, se mudou para Paris, retornando apenas em 1928. Realizou sua quarta exposição individual em 1929, já com enorme aceitação pública. Depois disso, a partir de 1932, Anita dedicou-se ao ensino escolar. Passou a lecionar na Escola Normal Americana e foi trabalhar também na Escola Normal do Mackenzie College. Em 1933, instalou seu ateliê no bairro paulista de Higienópolis, no qual permaneceu até 1952. Em 1937, integrou-se à Família Artística Paulista, além de tornar-se presidente do Sindicato de Artistas Plásticos de São Paulo, em 1942. Assim, a partir da década de 1940, a pintora passou a produzir uma pintura mais centrada na cultura popular. Faleceu em 1964, em São Paulo.