Geógrafo de formação, Andrelino de Oliveira Campos concluiu sua graduação em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 1980, onde também se especializou em Planejamento Ambiental, em 1987. Também na UFF, participou do histórico Grupo André Rebouças, coordenado por Beatriz Nascimento, consolidando sua inserção no movimento negro de base acadêmica. Concluiu o mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1998. No ano seguinte, assumiu a vaga de professor adjunto da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), desempenhando suas funções no Departamento de Geografia da Faculdade de Formação de Professores Campus de São Gonçalo, cargo que ocuparia até o final da vida. Lá, foi um dos membros fundadores do Coletivo de Professores Negros – Sempre Negro –, e coordenador do Núcleo de Estudo Sociedade, Espaço e Raça (NoSER). Em 2005, publicou o livro “Do Quilombo à favela: a produção de ‘espaço’ criminalizado no Rio de Janeiro”. A obra é fruto de sua pesquisa de dissertação, em que argumenta que a violência nas favelas tem origem na estrutura fundiária estabelecida desde o período imperial, em um longo processo, marcado por descaso, preconceito e desinteresse político. Em 2006, concluiu seu doutorado em Geografia pela UFRJ. Destacou-se nos estudos sobre Geografia Urbana, como pesquisador e militante da causa negra, investigando as relações étnico-raciais no Brasil e a segregação sócio-espacial, sobretudo nos espaços de favela nas cidades do Rio de Janeiro, onde realizou grande parte de suas pesquisas de campo. Faleceu em maio de 2018.