André Rebouças
O engenheiro André Pinto Rebouças nasceu em Cachoeira, na Bahia, em 13 de janeiro de 1838. Aos oito anos de idade, mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro. Em 1854, ingressou na Escola Politécnica onde se formou engenheiro militar, assim como seu irmão, Antônio Rebouças. Completou seus estudos, na França e na Inglaterra, onde se dedicou à Engenharia Civil. Ao retornar ao Brasil, foi chamado pelo governo Imperial para fiscalizar e reformar portos e fortificações de algumas cidades litorâneas. Atuou na Guerra do Paraguai, sendo responsável pelo desenvolvimento de um torpedo utilizado durante o conflito. Em 1866, foi nomeado engenheiro da Alfândega com o objetivo de chefiar a construção das docas do Rio de Janeiro.
Nessa cidade, também desenvolveu uma rede de abastecimento de água. Rebouças também fundou algumas empresas, como, a Companhia das Docas da Alfândega do Rio de Janeiro e a Companhia Florestal Paranaense. Participou ativamente da campanha abolicionista no Brasil, como membro da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão e de outros órgãos, como a Sociedade Abolicionista e a Sociedade Central de Imigração. Monarquista, exilou-se juntamente com a família imperial após a proclamação da República. Por dois anos, ele permanece em Lisboa, como correspondente do The Times de Londres. Posteriormente, transfere-se para Cannes, onde permanece até a morte de D. Pedro II, em 1891. Em 1892, Rebouças aceita um emprego em Luanda, onde permanece por 15 meses. A partir de meados de 1893, passa a residir em Funchal, na Ilha da Madeira, até sua morte. Faleceu no dia 9 de maio de 1898.