André Augusto Paulo de Frontin nasceu em Petrópolis, Rio de Janeiro, em 17 de setembro de 1860. Formou-se em Engenharia Civil e Geográfica em 1879 pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em 1880, adquiriu os títulos de Engenheiro de Minas e bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas e, dois anos depois, se tornou doutor em Engenharia Civil e de Minas pela mesma instituição. Iniciou sua carreira profissional atuando como professor substituto do curso de Engenharia Civil na Escola Politécnica e no Colégio Pedro II. Posteriormente, foi catedrático de Ciências Físicas e Matemáticas da Escola Politécnica. Como engenheiro seus primeiros trabalhos estiveram vinculados à questão do abastecimento de água. Entre 1880 e 1884, foi engenheiro do Reservatório de Franca, na Inspetoria de Águas e Obras Públicas, no bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro. Mais tarde, ainda atuou em projetos de canalização de água no sertão da Bahia.

Em 1889, em um projeto que marcou sua carreira, coordenou os trabalhos de ampliação abastecimento de água para 17 milhões de litros por dia no Rio de Janeiro, a partir de um esforço coletivo, num episódio conhecido como “Água em seis dias” que tornou o engenheiro famoso. Em 1890, fundou, juntamente com alguns membros do Clube de Engenharia, a Empresa Industrial de Melhoramentos do Brasil (1890), onde exerceu a função de diretor, e assumiu a presidência em 1891. Em 1896, integrou a comissão que avaliava projetos de saneamento para o Rio de Janeiro, dirigida pelo vice-presidente da República Manuel Vitorino Pereira. Em 1903, foi engenheiro-chefe da Comissão Construtora da Avenida Central na gestão do prefeito Pereira Passos e diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil em 1896 e em 1910. Faleceu em 1933, no Rio de Janeiro. Como patrono da Engenharia nacional, uma série de ruas, avenidas e viadutos hoje levam seu nome.