Alfredo Bosi nasceu em 26 de agosto de 1936, em São Paulo, foi um intelectual crítico da literatura brasileira. Em 1958 formou-se em Letras Neolatinas pela Universidade de São Paulo (USP) e ingressou no curso de especialização em Filologia Românica e em Literatura Italiana. No ano seguinte, foi escolhido para trabalhar como assistente de Literatura Italiana da USP, cadeira que lecionaria até 1970. Obteve uma bolsa de estudos do governo italiano para estudar Estética e Filosofia da Renascença na Faculdade de Letras da Universidade de Florença, no biênio de 1961-62. Em 1964, defendeu sua tese doutoral sobre a narrativa de Pirandello. Em 1970, defendeu uma nova tese, então de livre-docência. Lançou, nesse mesmo ano, o livro História Concisa da Literatura Brasileira em 1970, obra que já está em sua 50ª edição. Em 1971, transfere-se para o Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da USP, onde passa a ministrar a disciplina de Literatura Brasileira, tornando-se titular em 1985. Foi professor visitante da École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris a partir do ano de 1993.

Foi autor de mais de 20 livros, recebendo inúmeros prêmios, entre eles 2 jabutis, o primeiro em 1993 por “Dialética da Colonização” e o segundo em 2000, de melhor ensaio por “Machado de Assis. O Enigma do Olhar”. Em 2003 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Também entre os reconhecimentos de sua carreira, recebeu o título de professor emérito da USP. Fora da universidade, foi membro de comissões julgadoras de diversos prêmios, participou de comitês editoriais em diversos estados brasileiros, além de ter conferido palestras em inúmeras instituições brasileiras e estrangeiras. Bosi morreu em 2021 em decorrência da COVID-19.