Alda de Lima Falcão nasceu em 27 de março de 1925 na cidade de Aracati, interior do Ceará. Quando tinha apenas 14 anos, por ocasião de um surto de malária, foi instalado em sua cidade um Centro de Pesquisa da Fundação Rockefeller. Alda começou, então, a trabalhar na equipe liderada por Maria Deane. Ali aprendeu as primeiras lições sobre insetos vetores, atuando entre 1939 e 1942. Com o fim do surto de malária, Alda transferiu-se em 1943 para Fortaleza, onde ingressou no Serviço Nacional de Malária (SNM), como entomologista. O SNM foi integrado ao Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu), no qual trabalhou até 1952. Nos anos 1950 casou-se com o também entomologista Alberto Falcão e em fins de 1952 ambos se mudaram para Belo Horizonte.

Em 1955 começou a trabalhar no Instituto René Rachou (IRR) (atual Fiocruz-MG). Em parceria com o marido e o Dr. Almicar Viana Martins coletou e classificou inúmeros flebotomíneos que originou uma coleção que Alda foi curadora e que deu origem ao Centro de Referência Nacional e Internacional para Flebotomíneos do IRR. Alda foi diretora do Laboratório de Leishmanioses do Instituto René Rachou de 1976 a 1994, ano em que foi aposentada compulsoriamente, por ter completado 70 anos de idade. O Ambulatório Clínico de Leishmaniose da instituição leva hoje seu nome. Em 1991, recebeu a Medalha Meio século de Contribuição a Ciência da Fiocruz. Em 2005, tornou-se Pesquisadora Honorária pela Fundação Oswaldo Cruz e em 2007 recebeu o título de Pesquisadora Emérita pela mesma instituição. Faleceu aos 97 em 31 de agosto de 2019, em Belo Horizonte, Minas Gerais.