Afonso Henriques de Lima Barreto

Diversidade cultural e identidade nacional

Afonso Henriques de Lima Barreto foi um notável escritor e jornalista. Nasceu no Rio de Janeiro, no dia 13 de maio de 1881. Apadrinhado pelo Visconde de Ouro Preto, estudou no Colégio Pedro II. Iniciou, sem concluir, o curso de Engenharia na Escola Politécnica. Aprendeu Tipografia no Imperial Instituto Artístico, que imprimia o periódico “A Semana Ilustrada”. Foi funcionário da Imprensa Oficial e trabalhou como escriturário na Secretaria de Guerra. Foi cronista em diversas revistas literárias e periódicos no Rio de Janeiro, como O Malho, Fon-Fon, da qual foi secretário, Careta e ABC. Lançou a revista Floreal, da qual foi diretor. Escreveu diversas crônicas, sátiras, contos, ensaios, críticas literárias e romances, entre os quais se destacam: Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909), Triste fim de Policarpo Quaresma (1911), Numa e a ninfa (1915), e Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919).

Escritor da fase Pré-Modernista da literatura brasileira, Lima Barreto analisou os ambientes e costumes do Rio de Janeiro e fez contundentes críticas políticas e sociais à mentalidade burguesa da época. Sua posição combativa custou-lhe a marginalidade e a indiferença da elite cultural. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 1º de novembro de 1922. A maior parte de sua obra foi redescoberta e publicada em livro após sua morte por meio do esforço de Francisco de Assis Barbosa e outros pesquisadores, levando-o a ser considerado, hoje, um dos mais importantes escritores brasileiros.