Adriana Dias

Mitigação da violência e segurança pública Saúde pública

Adriana Abreu Magalhães Dias nasceu em 1970, no Rio de Janeiro. Formou-se em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas em 2007, e tornou-se doutora em Antropologia, pela mesma universidade em 2018. Portadora de osteogênese imperfeita, ficou conhecida por seu ativismo pelos direitos das pessoas com deficiência e doenças raras. Foi a criadora do Instituto Baresi, um fórum nacional associando pessoas com doenças raras, deficiências e outros minoritários. Coordenou o Comitê “Deficiência e Acessibilidade” da Associação Brasileira de Antropologia e foi membro da American Anthropological Association. Na política, integrou a Frente Nacional de Mulheres com Deficiência, foi parte da Associação Vida e Justiça de Apoio às Vítimas da Covid-19, participou da equipe de transição do terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, e desempenhou um papel importante na criação do Projeto de Lei que instituiu o Dia Nacional de Doenças Raras.

Sua principal contribuição acadêmica foi o trabalho de especialização no estudo do neonazismo no Brasil. Durante 15 anos, etnografou o movimento neonazista com foco em seu uso político da internet. Identificou pelo menos 334 células neonazistas em atividade no país. Foi a partir de seu levantamento que se pode acompanhar o surpreendente crescimento de 270,6% de células de grupos neonazistas no Brasil entre janeiro de 2019 e maio de 2021. Participou de audiências da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de Campinas que investigava crimes nazifascistas. Faleceu em janeiro de 2023, no Rio de Janeiro.