Adolpho Lutz

Saúde pública

Médico e cientista brasileiro, Lutz nasceu no Rio de Janeiro em 1855. Com doutorado pela Universidade de Berna, na Suíça (1880), Lutz começou a clinicar em Limeira, São Paulo. Dez anos mais tarde foi para o Havaí como especialista em hanseníase, onde chegou a diretor do hospital de Kalihi, na ilha Molocai. Em 1893, voltou ao Brasil para dirigir em São Paulo o Instituto Bacteriológico, destacando-se como o quadro mais experiente e bem preparado de um grupo ainda restrito de médicos que foram, no Rio de Janeiro e em São Paulo, a vanguarda dos processos de instituição das medicinas pasteuriana e “tropical” e de sua instrumentalização em proveito da saúde pública. O Instituto Bacteriológico foi o primeiro do gênero na América do Sul, posteriormente incorporado pelo Instituto Adolfo Lutz (grafia adaptada do nome de batismo de Adolpho). Lutz permaneceu no Instituto Bacteriológico até 1908, quando Oswaldo Cruz o convidou para chefiar um dos setores de Manguinhos, onde trabalhou por 32 anos. Lutz publicou inúmeros trabalhos sobre febre tifoide, malária, esquistossomose, difteria, leishmaniose, hanseníase, entre outros. Deixou marcas significativas de sua presença nos estudos sobre parasitoses de animais silvestres e domésticos, lepra, ancilostomíase, febre amarela, tuberculose, doenças de pele e do intestino. Faleceu em outubro de 1940, no Rio de Janeiro.