Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC)
A Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC) é a entidade literária máxima a reunir, no Brasil, os expoentes da literatura de cordel. Foi fundada em 07 de setembro de 1988, em Santa Tereza, na cidade do Rio de Janeiro, por iniciativa de Gonçalo Ferreira da Silva. Este se tornou o primeiro presidente da ABLC, acompanhado de mais dois cordelistas: Apolônio Alves dos Santos – vice-presidente, e Hélio Dutra – diretor cultural. Inspirada pela Academia Francesa, o corpo acadêmico da ABLC é composto de 40 cadeiras de membros efetivos, sendo que 25% destas cadeiras podem ser ocupadas por membros não radicados no Rio de Janeiro. Parte do acervo da ABLC, originário do antigo Centro de Cultura Nordestina São Saruê, é constituído por cerca de treze mil folhetos, mil e trezentos títulos de temática da cultura popular, literatura de cordel, cultura nordestina e sertaneja.
A instituição é ponte de informações culturais, unindo a entidade aos principais centros de difusão da literatura de cordel no Brasil e no mundo. Busca inspirar projetos, captar recursos e estabelecer parcerias com diversos institutos que visem a pesquisa acadêmica no universo do cordel. Atualmente, a ABLC publica folhetos de vários autores, além de livros como o “Dicionário Brasileiro de Literatura de Cordel”, e implanta “cordeltecas” pelo país. Uma dessas iniciativas mereceu o apoio cultural da empresa Petrobras, com a reedição de 100 cordéis históricos, obras raras e antigas de 41 autores. Graças ao trabalho de resgate e manutenção desta manifestação cultural feita pela ABLC, os cordéis passaram a integrar o currículo da faculdade de letras da Universidade de Coimbra – fazendo assim o “caminho de volta” do estilo originado em Portugal. A instituição disponibiliza em seu sítio eletrônico uma série de cordéis digitalizados. Além disso, suas instalações físicas ocupam dois andares do prédio onde foi criada, em Santa Teresa, incluindo uma loja onde os folhetos são disponibilizados para venda.